Identifique sintomas de gastrite e refluxo, conheça as causas e saiba como prevenir complicações graves, como o câncer de estômago.
Muitas pessoas convivem com desconfortos como azia, má digestão e dor no estômago. Esses sintomas podem ser indicativos de diferentes problemas, entre eles a gastrite e o refluxo gastroesofágico. Neste artigo, vamos abordar essas condições com mais profundidade e discutir também sobre o câncer de estômago, uma doença que, quando diagnosticada precocemente, oferece maiores chances de cura.

Quem é o médico que trata de gastrite e refluxo?
O especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da gastrite e da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é o médico gastroenterologista.
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Gastrite: Inflamação do Estômago
A gastrite é definida como uma inflamação da mucosa que reveste o interior do estômago. Essa condição pode ser classificada em aguda (quando surge de forma repentina) ou crônica (quando se desenvolve gradualmente ao longo do tempo). As causas da gastrite são diversas, incluindo infecção pela bactéria Helicobacter pylori, uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), consumo excessivo de álcool, estresse e doenças autoimunes.
A gastrite é uma condição comum em todo o mundo, afetando milhões de pessoas. A prevalência pode variar de acordo com fatores regionais e socioeconômicos, sendo mais frequente em países em desenvolvimento devido à alta taxa de infecção pela Helicobacter pylori.
Estima-se que a gastrite afeta cerca de 50% da população mundial, sendo mais prevalente em países em desenvolvimento.
A infecção por Helicobacter pylori é a causa mais comum, responsável por 70% a 90% dos casos de gastrite crônica. É mais comum em indivíduos acima de 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária.
Fatores de risco para gastrite
- Infecção pela bactéria Helicobacter pylori (principal causa).
- Uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
- Consumo excessivo de álcool.
- Tabagismo, que agrava a irritação da mucosa gástrica.
- Doenças autoimunes, como anemia perniciosa.
- Estresse crônico e distúrbios emocionais.
- Refluxo biliar.
Os sintomas da gastrite podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem dor ou desconforto na parte superior do abdome, sensação de queimação, náuseas, vômitos, perda de apetite e sensação de saciedade precoce. Em alguns casos, a gastrite pode levar a complicações mais graves, como úlceras, sangramentos e até mesmo câncer de estômago.
Sintomas mais comuns
- Dor ou queimação no estômago.
- Náuseas e vômitos.
- Perda de apetite.
- Sensação de estômago cheio após refeições;
- Fezes escurecidas (em casos de sangramento).
Classificação e tipos de gastrite
A gastrite pode ser classificada em diferentes tipos, incluindo:
- Gastrite aguda: ocorre subitamente, geralmente causada por infecção, uso de medicamentos ou consumo excessivo de álcool.
- Gastrite crônica: desenvolve-se ao longo do tempo e pode estar associada à infecção por H. pylori, doenças autoimunes ou irritação prolongada da mucosa gástrica.
- Gastrite erosiva: caracterizada por lesões na mucosa do estômago, podendo causar úlceras e sangramentos.
- Gastrite atrófica: forma crônica que leva à perda de células gástricas e redução da produção de ácido estomacal.
Como é feito o diagnóstico de gastrite?
O diagnóstico da gastrite envolve uma combinação de avaliação clínica e exames complementares, como:
- Endoscopia digestiva alta: exame que permite visualizar a mucosa gástrica e coletar biópsias para análise;
- Teste para Helicobacter pylori: pode ser feito por meio de testes respiratórios, exames de fezes ou biópsia gástrica;
- Exames laboratoriais: podem ser necessários, tais como hemograma para avaliar sinais de anemia e testes bioquímicos para verificar a função gástrica.
Tratamento
O tratamento da gastrite depende da causa subjacente e da gravidade da condição. As abordagens incluem:
- Erradicação do H. pylori (se presente) com antibióticos;
- Uso de inibidores da bomba de prótons (IBPs), bloqueadores de histamina (H2) e potentes inibidores de canais de potássio ácido-dependentes (PCABs) para reduzir a acidez gástrica;
- Suspensão de medicamentos irritantes, como anti-inflamatórios (AINEs), quando possível;
- Mudanças na dieta, evitando alimentos irritantes e refeições volumosas;
- Controle do estresse por meio de técnicas de relaxamento e hábitos saudáveis.
Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
O que é refluxo gastroesofágico?
O refluxo gastroesofágico é uma condição em que o conteúdo do estômago, incluindo ácido e alimentos, retorna para o esôfago, causando irritação e inflamação. Esse refluxo ocorre devido a um mau funcionamento do esfíncter esofágico inferior, que normalmente impede o retorno do conteúdo gástrico. A DRGE é caracterizada por episódios recorrentes de refluxo que prejudicam a qualidade de vida.
A DRGE é uma das condições gastrointestinais mais comuns no mundo, afetando aproximadamente 20% da população ocidental .
No Brasil, a prevalência da DRGE é estimada em aproximadamente 12% da população.
Sua prevalência é menor nos países asiáticos, variando entre 5% a 10% , mas vem aumentando devido às mudanças nos hábitos alimentares e ao aumento da obesidade.
Indivíduos obesos têm um risco duas vezes maior de desenvolver DRGE.
Os sintomas mais comuns do DRGE incluem azia (sensação de queimação no peito), regurgitação (retorno do conteúdo gástrico para a boca), dor torácica, tosse crônica, rouquidão e dificuldade para engolir. O DRGE não tratado pode levar a complicações como esofagite (inflamação do esôfago), estenose (estreitamento do esôfago) e, em casos mais graves, câncer de esôfago.
Fatores de risco para DRGE
- Obesidade, que aumenta a pressão sobre o estômago.
- Dieta rica em alimentos gordurosos, frituras, chocolate e cafeína.
- Consumo de bebidas alcoólicas e gaseificadas.
- Gravidez, devido à pressão intra-abdominal elevada.
- Hérnia de hiato, que facilita o retorno do ácido ao esôfago.
Sintomas mais comuns
- Azia (queimação no peito, que pode irradiar para a garganta).
- Regurgitação de alimentos ou líquidos.
- Tosse crônica ou rouquidão.
- Sensação de “nó” na garganta.
Embora os sintomas mais comuns sejam azia e regurgitação, a DRGE também pode se manifestar fora do esôfago, em outras áreas do corpo. Estas são as chamadas manifestações extra-esofágicas da DRGE.
Manifestações respiratórias
- Tosse crônica: A tosse persistente, especialmente à noite ou após as refeições, pode ser um sinal de refluxo, mesmo sem outros sintomas típicos.
- Asma: O refluxo pode desencadear ou piorar a asma em algumas pessoas.
- Laringite: A inflamação da laringe, causada pelo refluxo, pode levar a rouquidão, dor de garganta e necessidade de limpar a garganta constantemente.
- Pneumonia aspirativa: Em casos mais graves, o refluxo pode levar à aspiração de conteúdo gástrico para os pulmões, causando pneumonia.
Manifestações otorrinolaringológicas
- Rouquidão: A irritação crônica da laringe pode levar à rouquidão persistente.
- Dor de garganta: A sensação de queimação ou dor na garganta pode ser um sintoma de refluxo.
- Dificuldade para engolir: A inflamação do esôfago pode dificultar a passagem dos alimentos.
- Sensação de corpo estranho na garganta: Algumas pessoas sentem como se houvesse algo preso na garganta, o que pode ser causado pelo refluxo.
- Sinusite: A inflamação dos seios da face pode estar relacionada ao refluxo em alguns casos.
Outras manifestações
- Dor no peito: A dor torácica não cardíaca pode ser um sintoma de refluxo, simulando problemas cardíacos.
- Problemas dentários: O ácido do estômago pode corroer o esmalte dos dentes, causando cáries e erosão dentária.
- Mau hálito: O refluxo pode contribuir para o mau hálito crônico.
- Distúrbios do sono: O refluxo pode perturbar o sono, causando insônia ou apneia do sono.
É importante ressaltar que nem todas as pessoas com DRGE apresentam manifestações extra-esofágicas. No entanto, se você está com sintomas persistentes em outras áreas do corpo, como tosse crônica, rouquidão ou dor no peito, é fundamental procurar um médico gastroenterologista para investigar a causa e receber o tratamento adequado.
A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), quando não tratada adequadamente, pode levar a diversas complicações que afetam a saúde e a qualidade de vida do paciente. As principais complicações da DRGE incluem:
Esofagite
A inflamação crônica do esôfago, conhecida como esofagite, é uma das complicações mais comuns da DRGE. Ocorre quando o ácido refluído do estômago irrita e lesa a mucosa do esôfago. A esofagite pode causar dor ao engolir, dificuldade para se alimentar e, em casos mais graves, sangramento.
Estenose esofágica
Em casos de esofagite crônica, o esôfago pode se tornar estreitado, dificultando a passagem dos alimentos. Essa condição é chamada de estenose esofágica e pode levar à disfagia (dificuldade para engolir) e à necessidade de dilatação esofágica ou cirurgia para restaurar o calibre normal do esôfago.
Úlcera esofágica
O refluxo ácido persistente pode levar à formação de úlceras no esôfago, que são feridas na mucosa. As úlceras esofágicas podem causar dor intensa, sangramento e, em casos raros, perfuração do esôfago.
Hemorragia digestiva alta
A esofagite, as úlceras e, em casos mais raros, o câncer de esôfago podem ser causa de sangramentos no esôfago. Em casos de sangramentos volumosos, pode haver necessidade de transfusões sanguíneas e internação hospitalar.
Esôfago de Barrett
O Esôfago de Barrett é uma condição em que o tecido que reveste o esôfago é substituído por um tecido semelhante ao do intestino. Essa alteração ocorre como resposta à agressão crônica do ácido refluído e é considerada uma condição pré-cancerosa, pois aumenta o risco de desenvolvimento de adenocarcinoma de esôfago.
Adenocarcinoma de esôfago
O câncer de esôfago é uma complicação rara, mas grave da DRGE. Ocorre quando as células do Esôfago de Barrett se tornam cancerígenas. O adenocarcinoma de esôfago é um tipo de câncer agressivo e com altas taxas de mortalidade.
Como é feito o diagnóstico de refluxo?
O diagnóstico da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é baseado em uma combinação de avaliação clínica, exames e, em alguns casos, monitoramento do pH esofágico. O processo diagnóstico geralmente segue as seguintes etapas:
1. Avaliação clínica
O médico irá realizar uma entrevista detalhada para entender seus sintomas, histórico médico e hábitos de vida. É importante fornecer informações precisas sobre a frequência, intensidade e duração dos sintomas, bem como os fatores que os desencadeiam ou aliviam.
2. Exames
Em muitos casos, o diagnóstico da DRGE pode ser feito apenas com base nos sintomas e na resposta ao tratamento inicial. No entanto, em algumas situações, exames complementares podem ser necessários para confirmar o diagnóstico, avaliar a gravidade da doença e identificar possíveis complicações. Os principais exames utilizados são:
- Endoscopia digestiva alta: Permite visualizar o interior do esôfago, estômago e duodeno, identificar lesões, como esofagite e úlceras, e coletar amostras de tecido para biópsia, se necessário.
- pHmetria esofágica: Mede a acidez no esôfago durante um período de 24 horas, permitindo identificar episódios de refluxo ácido e avaliar a sua frequência e duração.
- Impedanciometria esofágica: Além de medir a acidez, identifica o refluxo de líquidos e gases, independentemente do pH, permitindo diagnosticar o refluxo não ácido.
- Manometria esofágica: Avalia a função dos músculos do esôfago, incluindo o esfíncter esofágico inferior, que impede o refluxo.
O tratamento para a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) visa aliviar os sintomas, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente. A abordagem terapêutica é individualizada e depende da gravidade dos sintomas, da presença de lesões no esôfago e de outras condições de saúde do paciente.
Mudanças no estilo de vida
As seguintes medidas comportamentais são frequentemente recomendadas para aliviar os sintomas e reduzir a frequência do refluxo:
- Dieta: Evitar alimentos que desencadeiam ou agravam o refluxo, como alimentos gordurosos, frituras, chocolate, café, álcool, bebidas gaseificadas, alimentos ácidos (tomate, frutas cítricas), pimenta e hortelã. É recomendado fazer refeições menores e mais frequentes, evitar comer antes de dormir e não fumar.
- Elevação da cabeceira da cama: Elevar a cabeceira da cama cerca de 15-20 cm com blocos ou travesseiros pode ajudar a reduzir o refluxo noturno.
- Perda de peso: Em caso de sobrepeso ou obesidade, a perda de peso pode aliviar a pressão sobre o abdômen e reduzir o refluxo.
- Evitar roupas apertadas: Roupas apertadas na região abdominal podem aumentar a pressão sobre o estômago e favorecer o refluxo.
Medicamentos
Em muitos casos, o tratamento medicamentoso é necessário para controlar os sintomas e prevenir complicações. Os principais medicamentos utilizados são:
- Antiácidos: Neutralizam o ácido no estômago, proporcionando alívio rápido dos sintomas, mas seu efeito é de curta duração.
- Inibidores da bomba de prótons (IBPs): Reduzem a produção de ácido no estômago e são os medicamentos mais eficazes para a DRGE. São utilizados para aliviar os sintomas, curar lesões no esôfago e prevenir recorrências.
- Os PCABs, ou Inibidores Competitivos de Ácido Potássio, são uma classe mais recente de medicamentos utilizados no tratamento da DRGE;
- Antagonistas dos receptores H2: Diminuem a produção de ácido no estômago, mas são menos potentes que os IBPs.
- Procinéticos: Aceleram o esvaziamento gástrico e fortalecem o esfíncter esofágico inferior, reduzindo o refluxo.
Cirurgia
Em casos selecionados, quando o tratamento medicamentoso não é eficaz ou há complicações graves, a cirurgia pode ser indicada. O procedimento cirúrgico mais comum para DRGE é a fundoplicatura, que reforça o esfíncter esofágico inferior, impedindo o refluxo.
É importante ressaltar que o diagnóstico da DRGE é individualizado e depende das características de cada paciente. Nem todos os exames mencionados acima são necessários em todos os casos. O médico gastroenterologista irá avaliar a necessidade de cada exame e interpretar os resultados para confirmar o diagnóstico e indicar o tratamento adequado.
Dor no Estômago, Azia e Má Digestão
Dor no estômago, azia e má digestão são sintomas comuns que podem estar relacionados a diversas condições, incluindo gastrite, refluxo gastroesofágico, úlceras, intolerâncias alimentares, síndrome do intestino irritável e, em casos mais raros, câncer de estômago.
A dor no estômago pode ser descrita como uma sensação de desconforto, queimação ou aperto na região abdominal superior.
A azia é uma sensação de queimação que se inicia no estômago e sobe até o peito.
A má digestão, também conhecida como dispepsia, é um conjunto de sintomas que incluem dor ou desconforto abdominal, sensação de inchaço, saciedade precoce, náuseas e arrotos frequentes.
O diagnóstico dessas condições geralmente envolve a avaliação dos sintomas, histórico médico e, em alguns casos, exames complementares como endoscopia digestiva alta, ultrassonografia abdominal e testes de intolerância alimentar. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir mudanças na dieta, estilo de vida e uso de medicamentos.
Câncer de Estômago
O câncer gástrico, também conhecido como câncer de estômago, é uma doença complexa e multifacetada que representa um desafio significativo para a saúde pública global.
O câncer gástrico é um tipo de câncer que se origina nas células que revestem o interior do estômago. Na maioria dos casos, é um adenocarcinoma, o que significa que se desenvolve a partir das células glandulares do estômago.
Epidemiologia
- O câncer gástrico é o quinto câncer mais comum em todo o mundo, com aproximadamente 1 milhão de casos novos a cada ano.
- É mais prevalente em homens do que em mulheres.
- A incidência varia geograficamente, com taxas mais altas em países da Ásia Oriental, América Latina e Europa Oriental.
- A idade é um fator de risco importante, com a maioria dos casos diagnosticados em pessoas com mais de 50 anos.
Fatores de Risco
A etiologia do câncer gástrico é multifatorial, envolvendo uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Os principais fatores de risco incluem:
- Infecção por Helicobacter pylori: Essa bactéria é uma das principais causas de gastrite crônica, um fator de risco conhecido para o câncer gástrico.
- Dieta: Uma dieta rica em alimentos salgados, defumados, em conserva e pobre em frutas e vegetais frescos aumenta o risco.
- Tabagismo: O tabagismo é um fator de risco independente para o câncer gástrico.
- Consumo excessivo de álcool: O consumo excessivo de álcool, especialmente de bebidas destiladas, está associado a um risco aumentado.
- Histórico familiar: Ter parentes de primeiro grau com câncer gástrico aumenta o risco de desenvolver a doença.
- Condições médicas preexistentes: Gastrite atrófica, anemia perniciosa e pólipos gástricos são condições que aumentam o risco de câncer gástrico.
- Obesidade: A obesidade é um fator de risco para vários tipos de câncer, incluindo o câncer gástrico.
- Cirurgia gástrica prévia: Pessoas que já fizeram cirurgias no estômago, como gastrectomias parciais, podem ter risco aumentado.
Tipos de Câncer Gástrico
Existem diferentes tipos de câncer gástrico, classificados de acordo com suas características histológicas e localização no estômago. Os tipos mais comuns incluem:
- Adenocarcinoma: É o tipo mais comum, representando cerca de 95% dos casos.
- Linfoma: É um tipo raro de câncer que se origina nas células do sistema linfático do estômago.
- Tumores neuroendócrinos: São tumores raros que se desenvolvem a partir de células neuroendócrinas do estômago.
- Tumores do estroma gastrointestinal (GIST): São tumores que se originam nas células do tecido conjuntivo do estômago.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer gástrico geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, endoscópicos e de imagem. Os principais métodos diagnósticos incluem:
- Endoscopia digestiva alta com biópsia: Permite visualizar o interior do estômago e coletar amostras de tecido para análise histopatológica.
- Tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM): São exames de imagem que auxiliam na avaliação da extensão do tumor e na identificação de metástases.
- Ultrassonografia endoscópica: Permite avaliar a profundidade do tumor na parede do estômago e a presença de linfonodos comprometidos.
- PET/CT: É um exame de imagem que utiliza um раrafármaco para identificar células cancerígenas em diferentes partes do corpo.
Tratamento
O tratamento do câncer gástrico depende do estágio da doença, do tipo histológico, da idade e das condições de saúde do paciente. As principais modalidades de tratamento incluem:
- Cirurgia: A cirurgia é o principal tratamento para o câncer gástrico, com o objetivo de remover o tumor e os linfonodos afetados.
- Quimioterapia: A quimioterapia é utilizada para destruir as células cancerígenas e pode ser administrada antes ou após a cirurgia.
- Radioterapia: A radioterapia utiliza radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas e pode ser utilizada em combinação com a quimioterapia.
- Terapia-alvo: A terapia-alvo utiliza medicamentos que atacam especificamente as células cancerígenas, com menos efeitos colaterais do que a quimioterapia tradicional.
- Imunoterapia: A imunoterapia estimula o sistema imunológico do paciente a atacar as células cancerígenas.
O tratamento do câncer gástrico é multidisciplinar, envolvendo a participação de diferentes especialistas, como cirurgiões, oncologistas, radioterapeutas e gastroenterologistas. A abordagem terapêutica é individualizada e deve ser discutida com o paciente, levando em consideração suas necessidades e expectativas.
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Fonte: https://emedicine.medscape.com/article/176156-overview ; https://www.gov.br/inca/pt-br